domingo, 25 de setembro de 2016

MAIS EMPREGOS E ECONOMIA

Vou botar ordem e arrumar a casa, fazendo Guarulhos crescer novamente. Incentivar as empresas e melhorar a criação de empregos, investir em formação profissional e inovação tecnológica. Conto com você para fazermos Guarulhos melhor.
http://www.eloipietaprefeito13.com.br/propostas/

HABITAÇÃO PARA GUAURULHOS

Quando fui prefeito, evitei o despejo de milhares de famílias e construí moradias populares, garantindo habitação digna aos guarulhenses. Estou de volta para defender os direitos e os interesses do povo. Vocês sabem que podem confiar. #EleFezEleFará #PrefeitodaHabitação

EDUCAÇÃO PARA GUARULHOS

Quando assumi a Prefeitura, havia 63 escolas em Guarulhos. Eu construí 64, ou seja, mais do que todos os prefeitos anteriores juntos. Também trouxe a Unifesp, o CEU Pimentas e a Fatec para a nossa cidade e ampliei o número de vagas em creches de 350 para 22 mil. Estou de volta para fazer muito mais.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

QUEM VAI PUNIR O LADRÃO DAS MERENDAS ???



‪#‎JuventudeDoPT‬ de Guarulhos denuncia a toda população de Guarulhos e Alto Tietê a omissão de dois Deputados de nossa região, eleitos para representar os interesses e anseios da População.
Porem, demonstraram que não estão interessados nisso se omitindo a votar Pela Abertura da CPI DAS MERENDAS que investigaria o Roubo de Merendas nas Escolas Estaduais de Sao Paulo.
NAO NOS REPRESENTAM !

#NAOvaiTerARREGO 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

UMA REFLEXÃO, DO PRESIDENTE DO PT DE GUARULHOS, SOBRE O RJU E SEUS DESDOBRAMENTOS POLÍTICOS

A questão, histórica, das desigualdades entre os trabalhadores e trabalhadoras da Administração Pública Municipal em Guarulhos podem ser, em grande parte, resolvidos através da implantação do RJU.
O RJU, foi tema de longos debates e profundos estudos nos anos 90, o fortalecimento de um Instituto de Previdência próprio, o Estatuto dos Servidores e os Planos de carreira foram defendidos, pela direção sindical, à época, CUT-FETAM, como o meio mais adequado para se promover justiça, igualdade, isonomia entre os servidores municipais. E como resultado um trabalhador e uma trabalhadora dignificado, motivado e empenhado em prestar um bom serviço à população.
Os dirigentes sindicais, em sua maioria filiados ao Partido dos Trabalhadores, sempre conduziram a categoria através do diálogo, da luta institucional e não vacilaram quando se fez necessário o uso do Direito de Greve especialmente quando os desmandos daquela Administração passaram a atrasar salários.
 Da promulgação da Constituição Federal de 1988 até hoje passaram pelo Paço Municipal seis administrações, nenhuma delas, antes, debruçou-se para elaborar e encaminhar à Câmara Municipal uma proposta de RJU.
Considero digna, ideológica e coerente a atitude do Preito Almeida do PT, primeiro por que investiu e fez o que nenhum fez, mandou elaborar e protocolou uma proposta de RJU, segundo porque enfrentou os mais difusos interesses políticos, muitos deles eleitoreiros e contrários aos interesses do funcionalismo, em terceiro ter ouvido seu Partido que em Reunião de Diretório, chamado à discussão entre seus membros e os Secretários envolvidos na construção do projeto ficou claro que o PT não negaria a Defesa da Livre organização dos trabalhadores e trabalhadoras e seu Legítimo direito à Greve, em quarto por ter dado a devida atenção, para o recado que o funcionalismo mandou das ruas, em quinto por ter a sensibilidade de chamar seu principais Secretários e seus Vereadores para discutir sobre a reivindicação do movimento grevista e por fim ter a grandeza e o compromisso com suas bandeiras históricas e retirar o projeto, atendendo o anseio dos trabalhadores.
Considero, ainda, de fundamental importância, a organização imediata de fóruns representativos para o início dos debates da construção de uma proposta comum, entre funcionalismo, Administração e órgãos representativos de categorias.
O conjunto do Partido dos Trabalhadores, sua Executiva e Diretório, reconhece o esforço do Prefeito Almeida, dos Secretários de Governo Benedito, Administração Vitor Cleber, Presidente do Ipref Miguel Choueri e Secretário Adjunto de Administração José Carlos Candido (Marrom) em, mesmo com as limitações impostas aos que tem o dever de governar, manter-se fiel aos princípios de igualdade, isonomia e justiça entre os trabalhadores e seus direitos consagrados, bem como a postura que nossa Bancada de Vereadores e Vereadoras estiveram à frente em defesa dos ideias petistas.
Desta forma nos manteremos atentos aos próximos movimentos, da garantia do pagamento dos dias paralisados pela Greve e pelo início das negociações rumo à uma proposta que junte o melhor para o funcionalismo com o que é possível pela Administração Pública, que em última análise quem saia ganhando seja o Povo da Cidade de Guarulhos.

Paulo Victor Novaes
            Presidente do PT de Guarulhos


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Juventude do PT reforça a luta contra a redução da maioridade penal e aprova documento, durante a reunião da Direção Nacional do PT.

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunido em São Paulo nko dia 17 de abril de 2015, aprova a seguinte moção: Moção sobre a PEC171: redução da maioridade penal A Direção Nacional do PT vem manifestar seu total repúdio as diversas Propostas de Emenda à Constituição, em especial a PEC171 recentemente aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, que tem por objetivo à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ) aprovou, no dia 31 de março, a admissibilidade da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171/1993 fere o artigo 228 da Constituição Federal, uma cláusula pétrea, que fixa a maioridade penal em 18 anos. A Constituição Brasileira – denominada acertadamente de constituição cidadã – é um exemplo de avanços nas áreas dos direitos individuais e coletivos, direitos e garantias individuais que não são apenas aqueles estabelecidos em apenas um artigo e sim em todos aqueles que estão espalhados pelo texto constitucional. A violência não é solucionada pela culpabilização e pela punição, antes pela ação nas instâncias psíquicas, sociais, políticas, econômicas e culturais que a produzem. Agir punindo e sem se preocupar em revelar os mecanismos produtores e mantenedores de violência tem como um de seus efeitos principais aumentar a violência. Em segundo lugar, as determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente, além da Convenção das Nações Unidas de Direito da Criança, da qual o Brasil é signatário, estabelecem que não haverá mudanças de legislação que impliquem no agravamento de punições, e mais ainda Além disso, a não-responsabilização penal de adolescentes 2 que cometem infrações não significa que tais atos fiquem “impunes”, como querem fazer crer setores conservadores, pois o próprio ECA prevê medidas socioeducativas que passam inclusive pela privação da liberdade em casos extremos. A presidenta Dilma se manifestou recentemente contra a proposta de redução: “Acredito que é chegada a hora de ampliarmos o debate para alterar a legislação. É preciso endurecer a lei, mas para punir com mais rigor os adultos que aliciam menores para o crime organizado”, disse a presidenta. Para Dilma, a aprovação da redução da maioridade penal resultaria em um “retrocesso” para o Brasil. De acordo com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, adolescentes entre 16 e 18 anos são responsáveis por menos de 0,9% dos crimes praticados no Brasil. Se forem considerados os homicídios e tentativas de homicídio, esse número cai para 0,5%. O Partido dos Trabalhadores se coloca radicalmente contra qualquer projeto que proponha a redução da maioridade penal e sujeite os Jovens – adolescentes às mesmas penas e condições a que são submetidos (as) adultos (as) que adentram o sistema prisional. Denunciamos que esta medida está voltada principalmente à criminalização dos adolescentes pobres e negros, moradores das periferias urbanas, exatamente aqueles que são as maiores vítimas das mortes violentas no Brasil. Devemos efetivar direitos, através de políticas públicas relacionadas à educação, cultura, saúde, lazer, esporte, bem-estar e outras, esse sim capaz de afastar os (as) jovens de opções arriscadas e atos de infração. Diante da situação orientamos a bancada do PT na câmara e no senado, e toda militância do PT para combatermos esse retrocesso puxado por setores conservadores da sociedade e levantarmos a bandeira em defesa da vida, da não criminalização da juventude na construção de uma cultura de PAZ na nossa sociedade. São Paulo, 17 de abril de 2015 Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Inscrições abertas para o Curso de Difusão do conhecimento - FPA

Boa tarde companheiros(as), abertas as inscrições para o curso de formação política do PT Guarulhos. Quem pode se inscrever? O Curso é GRATUITO e aberto a TODOS os Filiados e Filiadas ao PT podem se inscrever. Não é necessário ter ensino superior completo; é necessário apenas acesso à banda larga de internet por pelo menos uma hora por dia em qualquer canto do Brasil. Quero desde já agradecer nosso Coordenadores Nery Travassos,Heber Rocha e a parceira com a Fundação Perseu Abramo. peço aos companheiros(as) que ajudem a divulgar. Inscrições pelo site da Fundação,http://www.fpabramo.org.br/difusao/


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

GOLPE ORQUESTRADO

O PSDB resolveu incitar a população pelo impeachment da presidentaDilma Rousseff. Os movimentos são tão claros que não escapam mais nem à imprensa.
O colunista do jornal “O Globo”, Ilimar Franco, denunciou, nesta terça-feira (10), que os tucanos estão por trás do “Fora, Dilma”. Na segunda-feira (9), o líder do PSDB no Senado, Cassio Cunha Lima, subiu à tribuna e assumiu a movimentação.
“Há uma minoria golpista se organizando neste País, como já fizeram contra Getúlio, contra João Goulart e com Juscelino Kubitschek. São minorias estimuladas, a meu ver, com todo o respeito, pelo PSDB”, respondeu o o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Leia mais na Agência PT de Notícias http://bit.ly/1vCA8gT

segunda-feira, 17 de março de 2014

Camping Digital

Entre os dias 18 e 20 de abril, a militância petista poderá participar de oficinas, debates e análises sobre tecnologia e mídias sociais. Shows do Teatro Mágico e Racionais MC’s estão confirmados


Oficinas que vão desde a criação de blogs até encontros para troca de chaves criptográficas. Estes exemplos resumem bem o que será o Camping Digital do PT – uma iniciativa da secretaria de Comunicação do Diretório Estadual do PT Paulista para formar a militância e destacar a importância do conhecimento nas novas mídias. Marcado para o feriado da páscoa (18 a 20 de abril), a etapa digital da Caravana Horizonte Paulista ocorrerá em São José dos Campos – cidade pertencente à macrorregião do Vale do Paraíba – e será aberto a todos os militantes do Partido dos Trabalhadores.

Marque na agenda e aguarde a abertura das inscrições por meio do Portal Linha Direta e em sua macrorregião!

Durante os três dias de evento, os participantes terão oficinas práticas, teóricas e debates sobre os principais assuntos em pauta atualmente. Em breve, divulgaremos a programação com detalhes de cada atividade e a presença de importantes nomes no cenário de tecnologia. Inscreva-se e não perca as novidades!

Atividades culturais e artísticas, como uma Oficina de Graffiti e diversos Saraus também fazem parte da programação do acampamento. Além disso, durante todo o período ocorrerão shows de artistas independentes e mostras de arte. Ao final de cada dia, um grande show fechará as atividades. A trupe do Teatro Mágico e os Racionais MC’s já estão confirmados.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Encontro da Juventude Horizonte Paulista - Guarulhos e Alto Tietê

Queremos que você participe do Encontro da Juventude Horizonte Paulista - Guarulhos e Alto Tietê 

Venha debater e expor suas ideias sobre São Paulo. 
Data: 15/03 às 18h Local: PT Guarulhos (R. Harry Simonsen, 144)

Use hashtag #JuventudeHorizontePaulista



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PT completa 34 anos e ameaça voltar a ser valente



por Fábio Serapião — publicado 11/02/2014 05:59, última modificação 12/02/2014 06:20
A depender dos discursos proferidos na noite de segunda-feira durante comemoração dos seus 34 anos de fundação, o Partido dos Trabalhadores (PT) aparenta ter decidido retomar a valentia esquecida após a chegada ao poder.

Sob um clima não tão leve como se esperava para uma festa, os convidados mais ilustres do aniversário – a presidenta Dilma Roussef, o pré-candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, e o presidente nacional da sigla, Rui Falcão – dispararam ataques (diretos e indiretos) a seus principais adversários.
O partido parece ter sido chamado às falas por Lula. Em discurso durante evento de lançamento da pré-campanha de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo na última sexta-feira(reprisado no evento), o ex-presidente já com um pouco da sua antiga barba conclamou a militância a defender as bandeiras e os feitos petistas na direção do país.
"Não fizemos tudo que poderíamos ter feito, mas vamos fazer ainda mais. Entendemos mais de povo que os tucanos e ninguém fez mais por esse País do que o Partido dos Trabalhadores".
Foi além. Apontou para a possibilidade dos discursos em defesa do partido mirarem, inclusive, o Supremo Tribunal Federal e a toga de seu presidente Joaquim Barbosa. No domingo, reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”, já explicava que a barba e o tom do discurso de Lula eram parte da estratégia petista de responder com ataques às investidas da oposição e de possíveis inimigos contra as conquistas dos governos Lula e Dilma.
O que se viu no palco do Grande Auditório do Anhembi foi a ordem do mestre seguida à risca pelos designados para a artilharia petista. Como cereja do bolo, o discurso da presidenta Dilma encerrou o evento sem poupar uma palavra de exaltação às conquistas dos governos Lula e do seu mandato até aqui. Classificou como “pessimistas” os críticos dos resultados da política econômica do governo e de “caras de paus” os crentes no fim do ciclo petista no comando do governo federal.
"Eles teimam, teimam mesmo, em não enxergar que estamos conseguindo construir esse novo Brasil, sem abdicar dos nossos compromissos com a solidez dos fundamentos macroeconômicos, com controle da inflação, equilíbrio das contas públicas, e fazendo a dívida líquida do setor público cair", afirmou.
De forma bem discreta, Dilma ainda reservou um pedacinho dos seus 40 minutos de discurso para lembrar os condenados no julgamento do Mensalão ao afagar a militância "solidária com todos aqueles que concorreram ou concorrem a cargos, mas solidária especialmente com companheiros que mais precisam dela, com companheiros nas situações mais difíceis".
Pouco antes da fala da presidenta, integrantes da corrente O Trabalho haviam interrompido o discurso de Rui Falcão para pendurar um faixa pedindo a anulação do julgamento da AP 470. A manifestação de apoio foi feita ao som de “Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro.” Essa interrupção do discurso do presidente do PT foi a primeira de duas. Na segunda, o motivo foi Eduardo Suplicy. Ao perceber o senador sentado na plateia, a militância começou a gritar pedindo que ele ocupasse uma das cadeiras da mesa principal.
Quando o coro impediu sua fala, Falcão informou ser ele, Suplicy, quem havia escolhido sentar ali, estando a mesa principal à sua disposição (será que a vaga ao Senado também?). Tão logo ouviu a afirmação, Suplicy saltou para cima do palco e ocupou um espaço ao lado do prefeito Fernando Haddad. O prefeito, vale constar, foi vaiado por um pequeno grupo ligado ao movimento de moradia na capital.
Mesmo interrompido por duas vezes, Rui Falcão utilizou quase todo o tempo de seu discurso para defender o partido, seus integrantes e atacar adversários e críticos do governo. Para os dois principais nomes da oposição, Falcão criou apelidos. Aécio foi transformado em “neopassadismo” e Eduardo Campos em “novovelhismo”.
Segundo ele, juntos, os dois “são parte de um mesmo corpo” e se diferenciam apenas nos personagens. Aécio e seu PSDB seriam ansiosos pela volta de “dinossauros”, os quais o “povo tem enxotado, seguidamente, pelo voto”. Já os “novovelhistas”, ligados ao governador de Pernambuco, são “falsos novos” que sonham poder “fascinar os brasileiros”.
Antes de disparar contra o Supremo Tribunal Federal, o presidente do agora valente PT afirmou ainda que o partido não nasceu para apanhar calado e nem “para virar saco de pancadas”. Um dos recados foi para o ministro Gilmar Mendes, destinatário da afirmação de que a Corte não é um partido político, nem uma torcida organizada.
Já muito bem adaptado á fantasia de candidato, o ex-ministro Alexandre Padilha também não deixou a oportunidade passar em branco. Embalado pela militância que o ovacionava, Padilha esbanjou confiança ao cravar que o partido vai ganhar as eleições em São Paulo.
Segundo ele, seus adversários tucanos estão com a “pilha fraca” e o governo de Geraldo Alckmin é “lento”, “acomodado” e “sem coragem”.
Padilha criticou ainda o comportamento, segundo ele, anti-republicano dos tucanos paulistas ao privilegiar cidades comandadas por partidos da base do governo. “O PT vai ganhar em São Paulo para trazer a era republicana para a relação do Palácio dos Bandeirantes com os 645 municípios do estado”.
Que os petistas parecem dispostos a sair da defensiva com os adversários, é fato. Resta saber se a postura será a mesma com os aliados que se apoiam na manutenção governabilidade para inflacionar o valor das alianças. Até agora, apenas o PCdoB, e seu presidente Renato Rabelo, acreditam ser recompensados o bastante a ponto de dar parabéns pessoalmente ao Partido dos Trabalhadores em sua festa de 34 anos de existência.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O ROLEZINHO E A EXPRESSÃO POPULAR DAS JUVENTUDES - Guarulhos

Começa o ano de 2014 e com ele algumas questões com a periferia brasileira, com a juventude negra e a sua expressão popular, dentro de um novo contexto. Os rolezinhos, organizados pelos jovens da periferia, estão adentrando as zonas de conforto e os espaços de “exclusividade” de uma elite brasileira que não assimilou e não aceita as transformações que vêm ocorrendo no nosso país.

O agora “famoso” rolezinho, fortemente convocado no final de 2013 e agora no início de 2014, é visto com muita desconfiança e preconceito pelas famílias de classe média-alta que frequentam espaços como os shoppings centers. O rolezinho de 15 de dezembro, no shopping de Guarulhos, acabou com 23 presos, que foram liberados pouco depois. Contra eles nenhum tipo de acusação. Houve várias outras convocatórias como a do Shopping Metrô Tucuruvi, na zona norte, onde a participação de cerca de 500 jovens foi recriminada fortemente pela PM de São Paulo.

O fenômeno dos rolezinhos (centenas, às vezes milhares de jovens, combinavam para “zoar, dar uns beijos, rolar umas paqueras”, pegar geral, se divertir, sem agressão, sem roubos, sem violência) são concentrações espontâneas de pessoas convocadas pelas redes sociais para ações em um mesmo espaço. Apenas a ocupação de um espaço até pouco tempo bem distante da realidade desses jovens, como por exemplo os shoppings nas grandes cidades.

A maioria desses jovens são influenciados pelo funk da ostentação, surgido na Baixada Santista e agora bem forte em todo o estado de São Paulo e também no Rio de Janeiro. Esse perfil musical evoca o consumo, o luxo, o dinheiro e o prazer que tudo isso dá: correntes e anéis de ouro, vestidos com roupas de grife, carros caros e utilização de espaços há pouco tempo longe da realidade.

Neste final de semana, seis shoppings do Estado de São Paulo conseguiram o apoio da Justiça para bloquear a entrada dos jovens e acabar com o direito de ir e vir de qualquer cidadão. E, ainda pior, autorizando policiais e seguranças privados para fazer abordagem aos jovens com perfil bem definido: menores desacompanhados, de baixa renda, negros(as), roupas largadas. Qual foi a solução para acabar com os rolezinhos? Cassetetes, a proibição de entrar no shopping e uma liminar onde o garoto(a) indiciado terá que pagar multa de 10 mil reais.

Qual crime essa juventude está cometendo? A saída será mesmo as bombas de gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral, balas de borracha e a mesma truculência e violação dos direitos civis usadas durante as manifestações do ano passado? Ou o mesmo Apartheid social e irracional que ainda impera em vários países e que ainda existe no Brasil?

O verdadeiro crime é a ausência de políticas sociais que incluam essa geração de jovens, que gere um leque de oportunidades, emancipação e autonomia e que são diariamente excluídas do convívio social.

De fato o que está em jogo são os direitos civis de uma parcela significativa da juventude brasileira, que, através dos rolezinhos, acabam denunciando de uma forma criativa o estado de exceção, a atitude vergonhosa de um estado e a expressão racista e violenta do conjunto de autoridades policiais, a ausência de políticas públicas, de espaços de lazer (pistas/quadras/ anfiteatro), de expressão cultural e a privatização das cidades e da mobilidade urbana no Brasil. Esses jovens negros da periferia, até então invisíveis para a parcela da Casa Grande que ainda existe no Brasil, têm o desejo de construir novos horizontes, ter opções de fomentar novas narrativas de qual país eles querem viver.

O direito à livre manifestação está previsto na Constituição Federal. O que vemos hoje é a usurpação dos direitos civis e das expressões populares no nosso país

Os rolezinhos de hoje, já aconteceram em vários outros momentos da história e vão continuar acontecendo no futuro breve em contexto social diferente. Entender e valorizar as mudanças sociais no nosso país e fortalecer a diversidade da organização e da expressão das juventudes é de fundamental importância para construir um país cada vez mais justo, igualitário, livre do racismo e do preconceito e com respeito à pluralidade do nosso povo.

Que aconteçam vários rolezinhos por mais Juventude Viva, por mais espaços públicos e área de lazer, os rolezinhos contra o racismo, rolezinhos pela desmilitarização da PM, rolezinhos por um Plebiscito Popular pela Reforma Política.

É povo! É Rolê! É Juventude Viva!

Jefferson Lima

Secretário Nacional de Juventude do PT
Membro da Direção Nacional do PT